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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Os benefícios dos conselhos administrativos

Por HSM

Para equilibrar os interesses, considerando a importância das peculiaridades das empresas familiares mas com uma gestão profissional, John Davis (durante palestra no ano passado) recomenda a constituição de conselhos administrativos ou consultivos. Até mesmo quando não são exigidos por lei (como no caso das S.A.s), pois são ferramentas importantes da governança corporativa.

“O líder não quer que outros olhem o que está fazendo, não quer ser orientado, não quer distribuir as informações pela empresa. No entanto, quando se observam as vantagens de usar o conselho, vê-se que o esforço vale a pena”, destaca Davis.

Porém, apenas 37% das empresas familiares adotam o conselho, enquanto 54% das empresas não-familiares o fazem. Esses índices foram levantados em pesquisa de 566 empresas brasileiras, realizada por Davis e seus colegas Sandra Guerra, da USP, Bengt Hallqvist, do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e Cristina Bertinelli, da Universidade de Bérgamo, da Itália, com o apoio da HSM.

“Na minha opinião, as empresas não utilizam o conselho por uma questão de controle”, comenta Davis.

O palestrante resume assim os benefícios que o conselho traz à empresa familiar:

- perspectiva diferente e de mais alto nível do que a dos gestores da empresa;
- apoio ao líder da empresa em sua agenda e questionamento saudável à sua opinião;
- apoio ao líder para instituir uma perspectiva estratégica na empresa, ajudando-o a identificar oportunidades e tratar as ameaças;
- retomada da riqueza, do legado e dos negócios familiares;
- decisão de impasses, como acontece quando os irmãos têm opiniões divergentes;
- objetividade em decisões nas quais a família se divide, como sobre a sucessão;
- restabelecimento da disciplina de negócios entre os familiares;
- orientação à próxima geração no comando.


Por uma gestão profissional

Sem dúvida, para garantir a saúde de qualquer negócio, em qualquer que seja o segmento de mercado, as empresas precisam profissionalizar as suas gestões. E não apenas ser administrados por familiares sem preparação para exercer o cargo que ocupa.

O sócio-diretor da BDO Trevisan, Mateus de Lima Soares, explica que “a grande questão é que, para se garantir o bom andamento, a preservação e até o crescimento e evolução das corporações, segue sendo necessário utilizar as ferramentas corretas. Principalmente, para mensuração de riscos. Deve-se também adotar métodos e seguir determinados princípios universais do que se entende por moderna administração”.

O que vale destacar, ao final, é que não importa a natureza da gestão das empresas, se conduzidas por profissionais de mercado ou da própria família, o importante é respeitar os preceitos e as orientações da governança corporativa.

Fonte: INTELOG. Inteligência em Gestão Logística.

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